segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

A arte de expressar

Ozi celebra 30 anos de arte urbana com exposição exclusiva


Reynaldo Rodrigues
O grafiti é uma manifestação artística que em sua maioria expressa a realidade social de muitas pessoas, e em outros casos serve como manifestos político e cultural. É essa visão que o artista Ozéas Duarte, conhecido no meio artístico como Ozi se propõe a mostrar na exposição que está aberta a visitação até o dia 26 deste mês na Caixa Cultural.  
Ozi é paulistano e faz parte da primeira geração do graffiti brasileiro, quando em 1985 iniciou suas primeiras intervenções urbanas, durante sua trajetória profissional, participou de diversas exposições coletivas e individuais no Brasil e exterior. Seus trabalhos figuram em publicações nacionais e estrangeiras. O artista nunca parou de estudar e hoje é pós-graduado em História da Arte pela FAAP.
Atualmente morando em São Paulo o artista testemunha uma guerra que vem sendo traçada entre o prefeito João Dória (PSDB) e pichadores/grafiteiros. Dória se propõe em seu mandato lutar contra essa manifestação artística e isso, de certo modo influencia no trabalho de artistas como Ozi. 

Em entrevista exclusiva, Ozi se mostra esperançoso em relação a atitude do poder público “Acho triste que o Prefeito tenha apagado grande partes dos graffitis principalmente na Av 23 de maio, que inclusive o meu rodou, mas por outro lado abre espaço para novas intervenções o que é legal, o problema é que a arte urbana está sendo demonizada, até então era tolerada pelos órgãos públicos e população mesmo com uma parcela não gostando, mas o que esse prefeito está fazendo é criminalizando e colocando a população contra”.  
“Falta dialogo e entendimento. O graffiti paulistano é uma marca importante da cidade, gera divisas e atrai turismo, é algo que deva ter alguma consideração, eu acho”. Ressalta o artista.
Para quem quiser conferir a exposição que celebra 30 anos de carreira de Ozéias Duarte, a visitação vai até 26 de fevereiro, de terça-feira a domingo: das 9h às 21h. A entrada é franca, com classificação livre.
Matéria veiculada Quinta-feira 15/02/2016, página 6
Link portal: http://www.alo.com.br/vida-e-lazer/a-arte-de-expressar-38321
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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Cultura que se mantém viva

Espaços culturais abertos para a população sem apoio governamental

Reynaldo Rodrigues
Imagine se deparar com um espaço cultural onde as pessoas podem se sentar para ler um bom livro, conversar ou simplesmente aproveitar à calma. Acredite, esse lugar existe e fica localizado em uma casa ao lado da Feira do Guará, chamado Urbanos. A casa é coletiva e colaborativa, aberta para todos os moradores da região, onde produtores culturais e artistas podem colocar em prática todas as suas manifestações culturais.
"Espaços como o Urbanos estão surgindo nas satélites e atuando forma independente e orgânica há tempos. No Plano Piloto por causa da Lei do Silêncio, entre outros fatores, espaços coletivos estão fechando e alguns migrando para fora das asas. Alguns ainda resistem, mas não tem o perfil das casas de cultura livres das satélites que são autônomas na sua grande maioria e, fazem um trabalho social além das demandas culturais.”, disse Hélio.
Com um planejamento a longo prazo, o trio pretende financiar a manutenção do espaço por meio de doações de parceiros e produtores. Como um espaço aberto e público, o dinheiro seria usado apenas a fim de manter a as contas em ordem. 

Também não muito distante do Guará, outra casa que mantém viva a cultural e que permanece aberta de forma totalmente independente é o Espaço Cultural Ubuntu que tem como objetivo empoderar a juventude negra e periférica por meio da cultura. O espaço é fixado no Recanto das Emas. 
Segundo o professor Francisco Celso que é também o coordenador do local, o nome “Ubuntu” é uma filosofia africana cujo significado se refere à humanidade com os outros. “As políticas públicas de cultura e lazer praticamente não existem nas regiões periféricas de Brasília, salvo algumas ações isoladas, e, a partir dessa lacuna, as iniciativas populares estão acontecendo de forma “efervescente” nas cidades satélites, como, por exemplo, a Casa Dandara, a Casa Frida, o Espaço Carlos Mariguella, Espaço Imaginário, dentre outros” ressalta o coordenador. 

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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Descaso em espaço cultural

Biblioteca de Taguatinga aguarda reformas desde o inicio do ano


Reynaldo Rodrigues
Nas últimas semanas a biblioteca pública Machado de Assis vem passando por vários problemas em relação a banheiros interditados. Localizada em Taguatinga a biblioteca faz parte do Espaço Cultural da cidade. O local envolve área para teatro, biblioteca Braille e a Academia Taguatinguense de Letras.
A funcionária da biblioteca Carolina Garcia informa que os banheiros estão interditados desde sexta-feira (9). Segundo ela existem vazamentos e vasos sanitários soltos. “Os próprios usuários são os responsáveis pela destruição do local, o banheiro por ser público atrais todas as pessoas da rua, além dos frequentadores que utilizam a o espaço para estudar”, ressalta a servidora, que desde o inicio do ano aguarda resposta da administração em relação a reformas.
O responsável pela reestruturação da biblioteca é Coordenação de Licenciamento, Obras e Manutenção. O coordenador de licenciamento Ozeias de Paulo revela que existe um projeto de manutenção que atualmente está em fase de processo de contratação de empresas para a reforma. “Hoje o orçamento para as obras está no gabinete, como estamos no fim do ano provavelmente esse processo será resolvido até janeiro de 2017. Os gastos dos reparos ficaram por volta de 29 mil reais” Explica o Coordenador.  
Veiculado dia 16/12/2016 no jornal Alô Brasília, página 4    

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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Brechós online já são a nova moda

Jovens se tornam empreendedores com a ajuda das redes sociais


Empreendedora de apenas 19 anos, Maria Gabrielli é dona do Brechó “desapegomabi”  

Reynaldo Rodrigues
Utilizando plataformas como o Instagram e Facebook, jovens do Distrito Federal encontram formas de ganhar uma renda extra com os famoso brechós online. A prática vem se tornando cada dia mais comum e com isso fazem roupas vintages novas e usadas ou importadas, mais acessíveis aos consumidores que desejam pagar mais barato. 
A estudante de psicologia Maria Gabrielli de Andrade de 19 anos, proprietária de um brechó local, famoso no Instagram  chamado “Desapegomabi” revela que  sempre teve  muitas roupas, mas chegou um momento que estava ficando sem espaço no closet. “ Eu estava um pouco enjoada de algumas peças. A partir disso, decidi criar um brechó afim de vender minhas roupas que eu não usava mais, mas que estavam em bom estado e também aproveitar pra ganhar um dinheiro extra, porque vida de estudante não é fácil”. Essas atividades de compra e venda  através das redes sociais podem ser encontradas com muita facilidade, por meio de  grupos formados no facebook. Qualquer um que deseje vender ou trocar roupas pode fazer sua publicação e em questão de minutos aparece outra pessoa interessada. 

Para Michele Soares de 19 anos, responsável pelo “Brechó.DF” a ideia inicial era criar um bazar em casa, mas acabou abandonando a ideia ao perceber que hoje em dias as pessoas optam por fazer compras de maneira mais prática. “Não dá trabalho, não tem necessidade de investimento, então é uma boa ideia a utilização das redes sociais” ressalta a operadora de loja, que realiza entregas nas estações do metrô.
Veiculado dia 09/12/2016 no jornal Alô Brasília, página 4   

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Brasília, palco de muita arte

Artistas de rua que transformam a cidade em um espetáculo livre


Reynaldo Rodrigues
Para quem frequenta a área central do Plano Piloto é sempre convidado a participar do espetáculo a céu aberto que constitui Brasília. Seja através da arquitetura ou interação com os artistas de rua, as vertentes artísticas são bastante variadas: existem artistas de teatro, música e circo. Para conhecê-los basta caminhar alguns metros próximos à Rodoviária do Plano Piloto. 
Figura conhecida por quem sempre passa na calçada em frente a um shopping da cidade, Davis Icomena de 26 anos, passa horas parado como uma estátua para interpretar seu personagem “robô de prata”. Nascido no Peru o artista mora no Brasil acerca de três anos, além de Brasília Davis já levou a arte da estátua viva para Goiânia e Cuiabá. O ator não revela quanto as pessoas depositam na caixinha, após um dia inteiro de trabalho, mas ressalva que durante épocas festivas como o Natal os frequentadores passam a ser mais generosos. 
Outro ícone do centro de Brasília é o famoso Luiz do Pandeiro, de 66 anos. O músico conselheiro e piadistas trabalha acerca de 6 anos no conhecido “calçadão” localizado entre o Conjunto Nacional e o CONIC. Entre um batuque no pandeiro e uma cantada a moça que passa, Luiz sempre encontra um jeito de passar mensagens bíblicas e conselhos aos que passam apressados. “O que eu faço aqui hoje é a forma que eu encontrei de me libertar da depressão, me manter e divertir as pessoas” Ressalta o cantor animado. De um barraco na Asa Norte, Luiz passou a viver em sua casa própria no Paranoá, financiada com a ajuda de um programa federal. Gravou um CD com oito composições próprias, com apoio da Secretaria de Cultura do DF. Também faz aulas em uma escola de idiomas, e sonha gravar uma música em inglês.
Entre as vertentes artísticas facilmente encontradas na cidade são os palhaços da caravana Circo Rebote, formada por Erika Mesquita, 35 anos, e pelo marido, Atawalpa Coello, 36. Eles fazem apresentações durante os finais de semana na Torre de TV. Os espetáculos variam entre teatro e acrobacias. A dupla se apresenta no local a mais de 10 anos e já fazem parte do roteiro cultural para os que frequentam a Torre.
Mas nem tudo são flores, esses artistas correm riscos assim como qualquer outro trabalhador, porém não tem a prática regulamentada de forma devida. Atualmente não existe lei em todos os municípios do país que regulamente a prática de apresentações de artistas na rua. Em algumas capitais (como São Paulo e Curitiba) existe a lei 15.776, aprovada em 2013 que definem os horários em que as apresentações devem ocorrer e garantem direitos dos artistas. Apesar disso, não existe uma legislação nacional que regulamenta a profissão.
Veiculado dia 08/12/2016 no jornal Alô Brasília, página 4   

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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Tá, tá, tapioca

Culinária típica do Norte e Nordeste conquista brasilienses


Reynaldo Rodrigues
Uma iguaria tipicamente brasileira, a tapioca é de origem indígena. Ela é feita da fécula que é extraída da mandioca, também é conhecida como gama da tapioca, polvilho, goma seca, polvilho doce. Seu preparo é simples, feita em frigideira ou chapa aquecida, ela vira uma espécie de panqueca ou crepe seco. Pode ser recheada ou não, sendo que seu recheio tradicional é coco e o queijo.
A culinária que é tradição no Norte e Nordeste do país se tornou muito popular entre os brasilienses, a tapioca pode ser encontrada em diversos lugares e preparadas de variadas formas. Conheça algumas casas especializadas mais visitadas da capital.
Empório Tropical
Localizada no Setor Hoteleiro Sul a primeira vista, esta é apenas uma loja de artesanato fixada na galeria de um hotel. Entre objetos de decoração e quadros, o cliente do Empório Tropical encontra um extenso menu de tapiocas. A tapioca de queijo de minas com manteiga de garrafa, por exemplo, vem acompanhada por molho de redução de vinho (R$ 6,50). Algumas das criações levam ingredientes regionais.

Tapiocaria Raízes do Sertão
Ex-morador de rua, o hoje empresário Durley da Silva comanda esta tapiocaria na Asa Norte. Único item de seu menu, a tapioca aparece em 107 variações. Destaque para a de carne de sol, purê de mandioca e queijo de coalho (R$ 16,50), marca da loja. De sobremesa, a versão de chocolate, morango e castanha-de-caju (R$ 15,90) faz sucesso. A casa também serve o quitute em rodízio, no qual inclui todos os sabores, em porções menores, a R$ 59,90.



Martinica Café
Na Asa Norte, o cardápio do Martinica Café contempla petiscos, tortas e as famosas tapiocas. Dessa última seção, costuma ser muito procurado a versão recheada com coco e queijo (R$ 10,55). Também são famosos o creme de abóbora com maçã (R$ 14,80) que são servido apenas no endereço da 303 Norte.

Tapiocaria Maria Bonita
Casa conhecida por relacionar tapiocas com recheios bem nordestinos, fica localizada no Sudoeste. Entre as especialidades, carne de sol mais queijo de coalho (R$ 10,00) e carne de siri (R$ 12,60). Ainda constam combinações de peito de peru com pasta de queijo de coalho (R$ 10,00) e de rúcula com ricota e tomate seco (R$ 10,50). O cardápio também contempla receitas de cuscuz.



Veiculado dia 02/12/2016 no jornal Alô Brasília, página 4    

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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

BRASÍLIA DIGITAL

Brasília se tornou a primeira capital a transmitir somente sinal digital


Reynaldo Rodrigues
Depois de ter prazo estendido em três semanas o sinal da TV analógica foi encerrado definitivamente na quinta-feira passada (17), no Distrito Federal e em 9 cidades do Entorno, transformando Brasília na primeira capital a receber somente o sinal digital. Inicialmente, o desligamento estava previsto para 26 de outubro, mas uma pesquisa realizada às vésperas da data mostrou que só 88% dos domicílios tinham algum tipo de receptor digital. A legislação determina que o desligamento não pode ser realizado abaixo de 90%.
Apesar das diversas propagandas informando sobre o desligamento, muitas pessoas não se atentaram a data. É o caso do estudante morador de Vicente Pires, Mateus Lobo, de 21 anos “Ficava passando o aviso o tempo todo na televisão, mas não me preocupei em comprar o conversor. Estava assistindo quando de repente o sinal sumiu”, explica o jovem. 

Em nota a Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel) informou que os kits com conversores são gratuitos para beneficiários do Bolsa família e do cadastro único do Governo Federal. Para famílias que possuírem até três salários mínimos e habitarem nas cidades de Águas Lindas, Cidade Ocidental, Cristalina, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Planaltina de Goiás, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso, que não adquiriram o conversor, também podem solicitar de forma gratuita através do portal Seja Digital, número 147. Os perfis vão passar por uma análise e posteriormente os contemplados serão notificados.
Reprodução 
                   
É importante ressaltar que o mundo do entretenimento vem passando por constantes mudanças em relação à qualidade de imagem e som. Essa mudança pode ser considerada uma evolução na forma como as pessoas consomem conteúdos mediáticos, foi assim com a chegada do VHS, o lançamento do formato DVD, a introdução dos filmes digitais, a migração para as TVs por assinatura e claro, a revolução do streaming online (Netflix).  Para o teleatendente e morador de Águas Claras Rodrigo Quintela, de 32 anos, atualmente devido à possibilidade de escolher o que e quando vai assistir, a televisão com qualidade digital se torna apenas mais uma opção de entretenimento. “É muito melhor não ficar dependendo de emissoras, eu faço minha própria programação com a Netflix” enfatiza.
Veiculado dia 24/11/2016 no jornal Alô Brasília, página 4    

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